20 de março de 2008

Páscoa - uma imposição do bem

Sugiro que aproveites do clima que a data religiosa promove e faças uma viagem pra dentro de si mesmo , de sua alma e procures uma vivência com o ´Totalmente Outro´* que se impõe em visitar-nos nesta semana memorável.

um breve momento de reflexão**, um abraço bem apertado na pessoa amada, ou uma disciplina maior que o leve a reviver experiências religiosas de raizes são algumas dicas.

Boa Páscoa a todos.
*Expressão utilizada por Rudolf Otto em "O Sagrado" para designar a existência de um ser superior a quem os cristãos chamam de Deus.

**O texto do Pastor Saulo em http://ipesperanca.blospot.com/ é uma sugestão.

18 de março de 2008

O MONGE E O EXECUTIVO (Leitura/Resumo)


O MONGE E O EXECUTIVO (Leitura/Resumo)

Terminei agora de fazer esta leitura que, desde o início, há uma semana atrás, foi muito instigante e motivadora. Confesso que este é um daqueles livros, cuja leitura é difícil de deixar pra depois. Resolvi, portanto compartilhar com os meus amigos e amigas alguns conceitos que, espero, os motivem também à leitura.

Como diz o sub-título, é uma história que o autor nos conta (e James Hunter é um bom contador de histórias) sobre uma pessoa em crise com a sua vida e sua carreira. John Daily, o protagonista e ao mesmo tempo narrador da história, é um executivo com sérios problemas profissional, familiar e pessoal, a ponto de o levarem a questionar sua própria razão de existir. Experimenta uns acontecimentos misteriosos do ponto de vista espiritual, que culminam com sua ida a um Retiro de uma semana, para 6 pessoas, aos pés de um frade instrutor, cujo nome adotado pela ordem a que pertence revela, com intensa perturbação, que algo muito misterioso e, ao mesmo tempo profundo e transformador estava para acontecer com John.

Este frade é/foi, na verdade, o brilhante palestrante e eficiente consultor de empresas Leonard Hoffman, que a certo ponto da carreira, após a morte de sua esposa, abandona tudo e vai morar neste mosteiro beneditino, onde torna-se monge.

O leitor acaba sendo um dos participantes do retiro e, tem a oportunidade de usufruir e interagir com os conceitos de liderança apresentados e produzidos pelos participantes.

De linguagem leve, divertida e claríssima, a obra pode lavar o leitor a estabelecer um novo conceito de liderança, e até mesmo de estilo de vida. É mesmo um livro transformador.

O estilo apresentado é o da “liderança construída sobre autoridade ou influência , que por sua vez são constituídas sobre serviço e sacrifício, que são construídos sobre o amor” (P. 95)

Fiquem, então, com alguns pequenos recortes que também guardarei pra mim, e me ajudarão em meu processo de transformação.

“o amor é o que amor faz”

“Liderança: É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”


“Poder: É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa da sua força ou posição, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer”

“Autoridade: a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa da sua influência pessoal.”

“comportamento é escolha.”

“quando uso a palavra amor eu me refiro a um comportamento e não a um sentimento”

“a chave para a liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos”

“Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos”

“um líder é alguém que identifica e satisfaz as necessidades legítimas de seus liderados e remove todas as barreiras para que possam servir ao cliente. De novo, para liderar você deve servir.”

“A autoridade sempre se estabelece ao servir aos outros e sacrificar-se por eles.”

“precisamos uns dos outros... os arrogantes e orgulhosos fingem que não precisam... que piada! Um par de mãos me tirou do útero... outro trocou minhas fraudas, me alimentou, me nutriu, outro ainda me ensinou a ler e escrever. Agora, outros pares de mãos cultivam minha comida, entregam minha correspondência, coletam meu lixo, fornecem-me eletricidade... um par de mãos cuidará de mim quando eu ficar doente e velha, e me levará de volta à terra quando eu morrer.”

“Atrasar-se, também transmite a mensagem de que eu não devo ser muito importante pra pessoa, porque ela certamente seria pontual com alguém que ela achasse importante”.

“... sentimentos vêm e vão, e é o compromisso que nos sustenta”

“amar vinte homens durante um ano é fácil se comparado a amar um homem durante vinte anos”

Amor e Liderança

Paciência
Mostrar auto-controle
Bondade
Dar atenção, apreciação e incentivo
Humildade
Ser autêntico e sem pretensão ou arrogância
Respeito
Tratar os outros como pessoas importantes
Abnegação
Satisfazer as necessidades dos outros
Perdão
Desistir de ressentimento quando prejudicado
Honestidade
Ser livre de engano
Compromisso
Sustentar suas escolhas
Resultados:
Serviço e
Sacrifício
Pôr de lado suas vontades e necessiadades;
Buscar o maior bem para os outros

“Contas bancárias relacionais...”


“Não é meu trabalho pilotar o navio;
Nunca soprarei a corneta.
Não é meu lugar dizer até onde o navio irá.
Não tenho licença para ir ao convés
Ou mesmo tocar o sino.
Mas se esta coisa começar a afundar
Olhe quem vai para i inferno!”

“O homem é essencialmente autodeterminante. Ele se transforma no que fez de si mesmo...”

“os que seguem a multidão nunca serão seguidos por ela”

“... todas as grandes religiões do mundo ensinam a superar nossa natureza egoísta.”

“intenções menos ações é igual a nada”

“se nada muda, nada muda.”

“ a definição de insanidade é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes!”

“de nada vele aprender bem se você deixar de fazer bem!”

11 de março de 2008

DEUS CUIDA DE NÓS



Pois do Senhor é o Reino, é Ele quem governa as nações. Salmo 22.28
Precisamos sentir-nos seguros e confiantes. Tanto quando olharmos para o passado, seja com júbilo ou lágrimas, quando vislumbrarmos o futuro incerto. Além, é claro, em cada situação presente todos nós queremos que tudo esteja bem. Quando pensamos na providência divina é restaurado em nosso ser a segurança e a confiança. “As obras da providência de Deus são, à sua maneira, muito santa, sábia e poderosa para preservar e governar todas as suas criaturas e todas as ações delas”.

As datas festivas trazem memórias. Aniversários, casamentos, formaturas, etc. Somos tomados de nostalgia quando estamos diante de uma comemoração ou celebração especial. É assim também com a Páscoa, Natal, ou ano novo. Mas também a nação quer ser lembrada quando passamos por datas que marcaram sua história. Assim temos o dia disso ou o dia daquilo, o dia desse tal ou daquele outro . Em alguns desses dias é feriado nacional. Param-se todas atividades sob o mandato soberano da nação: lembrem-se!

Estamos atônitos e perplexos com as ocorrências dos últimos dias. Diante da violência desmedida e do clima de insegurança devemos parar. Este é, antes de tudo, um momento de lembrarmos da nação. Voltarmo-nos para os seus símbolos com o sentimento de confiança e esperança. Sobretudo os discípulos de Cristo devem participar deste momento. Isto porque não cremos em Deus alheio ou distante dos acontecimentos de nosso povo, quer seja no passado, presente ou futuro.

A nossa teologia diz: “A doutrina da providência ensina aos cristãos que eles nunca estão presos à sorte cega, à casualidade, ao acaso ou ao destino. Tudo o que lhes acontece é divinamente planejado, e cada acontecimento chega como um novo convite a confiar, a obedecer e a regozijar-se, sabendo que todas as coisas ocorrem para o seu bem espiritual e eterno (Rm8.28)”


Quando pensamos na história de nossa nação brasileira lembramos de um passado de muitas tristezas mas também de muitos triunfos, vivemos hoje um tempo difícil moral, social e politicamente, mas podemos esperar um futuro onde jaz a promessa de que Deus é não apenas o criador dele mas seu sustentador. Portanto estejamos seguros e confiantes naquele que ‘governa as nações’. Deus abençoe o Brasil. Deus abençoe São Paulo.
Rev. Marcelo Coelho

3 de março de 2008

CAFÉ COM GENTE




Cheguei à sala do cafezinho e a vi sem ninguém. Pensei: vou atrás de amigo para tomar comigo um café enquanto trocamos dois dedos de prosa. Não encontrei o amigo. Porém quando voltei, desolado, encontrei um colega que também chegara na sala. Conversamos, tomamos nosso café e cada um continuou suas atividades. Do que falamos? Não lembro.

Estou convencido de que o melhor acompanhamento para o famoso cafezinho é gente. Isso mesmo. Café com pessoas por perto. Que falta faz quando não temos ninguém por perto. Ainda que seja, e quase sempre o é, para falar de trivialidades. Amenidades. Há alguns que pensam ser isto, uma enorme perda de tempo. Todavia é necessário reconhecer que quando a vida fica muito séria e tudo o que fazemos resume-se a pesadas e criteriosas obrigações, estamos fadados ao estresse. Além do que, para pessoas assim, a vida em sua volta já perdeu todo o colorido e a leveza.

Qual é importância de um momento assim pra você? Tem gente que diz, de uma forma bastante defensiva: Não, obrigado, eu não bebo café. Ele também poderia dizer: não, obrigado, eu não perco tempo com gente falando à toa. Precisamos retomar o costume dos antigos que paravam onde se encontravam para trocar dois dedos de prosa. Nestas conversas, desinteressadas que são, conhecemos as pessoas mais próximas do que elas realmente são. Quem sabe dali não parte novos contatos, mais úteis e proveitosos (para os pragmáticos), ou então você saia dali extremamente satisfeito por ter dado ótimas risadas da última piada que ouviu. A propósito, na próxima piada que você ouvir, por favor, ria. Mesmo que a piada não tenha sido boa, ou que você já a tenha ouvido mil vezes. Faça isso apenas para não parecer chato e inadequado.

Que tal você começar hoje a valorizar estes encontros rápidos e desinteressados. Parar com tudo e relaxar ao lado de alguém que, assim como você, precisa de um tempinho para não pensar em nada e para não falar sério. Cultivemos momento assim, que certamente colheremos relacionamentos significativos e contatos que promoverão a alegria de pessoas, a glória de Deus e a expansão do seu Reino.

Com carinho e aguardando você para um cafezinho Pr. Marcelo

RICOS DE ESPERANÇA





E o Deus da esperança, vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo. Rm 15.13

Nem sempre a fartura de bens materiais é sinônimo de felicidade. Há pessoas que vivenciam enormes crises e vivem uma vida extremamente infeliz e mesmo assim são abastadas e esbanjam de seu dinheiro à vontade. Ouvi certa vez a frase cruel: “ele era tão pobre, mas tão pobre que só tinha dinheiro”.

Mas também não é a falta de bens materiais que garante ao homem a felicidade. A vida boa de ser vivida não está, necessariamente, atrelada à condição financeira que se tem.

Bem estar é algo que vem de dentro e não de fora. Não é questão de ter mas de ser. Não é da ordem do “meu” mas do “eu”.

Ser rico de esperança é, antes de tudo, ter o “eu” melhorado a cada dia. É ser alguém que, ao acordar, faz novamente a escolha de viver para o bem. Olha, primeiramente, para as possibilidades e em direção às partes preservadas da própria vida.

Parece-me, todavia, que alguém, não consiga fazer-se a si mesma uma pessoa rica de esperança. É necessário um convívio transformador. Viver uma relação intensa com alguém que já tenha ou seja rico de esperança. Há pessoas, que de tão inspiradoras e alegres, são assim. Espero que você seja uma delas e eu quero, por isso, estar bem pertinho de você.

Mas há ainda uma outra forma de chegar lá. É através da relação com Deus. Pois ele é o Deus da Esperança, Ele nos enche de alegria e paz quando cremos, ou entregamos a Ele nossa História de vida. Ele ainda nos dá o Espírito Santo, cujo poder transformador, pode fazer de qualquer pessoa, que viva uma vida triste e empobrecidamente infeliz, um ser rico de esperança.

Com Carinho, Pr. Marcelo

"Eu- eu Sou diferente! todo mundo me odeia e eu odeio todo mundo!"

ENFRENTANDO AS PROVAÇÕES E TRIBULAÇÕES



Como o cristão deve enfrentar as tribulações e provações e ser um vencedor? Esta deve ser a pergunta que devemos fazer quando as coisas não vão bem. Uma reflexão séria na carta de Tiago nos ajuda a resolver esta questão. Ao invés de ficar abalado, irado, e atacar a todos que estão ao seu redor por causa dos problemas, devemos fazer o que a Palavra de Deus nos diz. O texto bíblico é o de Tiago capítulo 1.



Temos, portanto diante de nós cinco atitudes que devemos tomar toda vez que enfrentarmos momentos difíceis:



1. Enfrentar as provações com o espírito correto (vv 2-4).
Primeiro com alegria e regozijo no coração (v.2), e não com amargura, ira, desânimo, revolta e etc. Segundo reconhecendo a causa das provações que podem ser: a) Deus usa a provação para produzir caráter maduro (v.3); b) Ele quer que sejamos perfeitos (v.4) as provações em nossas vidas tem um caráter pedagógico, e sempre nos tornam pessoas melhores. O padrão de Deus para todo cristão é a busca da perfeição.



2. Orar por Sabedoria (vv 5-8).
A sabedoria vinda de Deus nos mostra como agir em meio aos testes da vida (Tg 3.13-18); temos que orar a Deus clamando por sabedoria (v.5). devemos orar confiante na liberalidade de Deus e com fé de que iremos recebê-la, sem duvidar.



3. Reconhecendo o caráter passageiro das coisas e circunstâncias da vida (vv 9-11).
As tribulações são passageiras e transitórias. Os problemas financeiros, profissionais, sociais e outros representam momentos e situações em nossas vidas que de uma hora pra outra deixam de existir. O cristão deveria reconhecer que os problemas não duram para sempre.



4. Reconhecer as origens das provações e tentações (vv 12-18)
a) Deus tem um propósito para todas as coisas, também para as nossos sofrimentos. Deus manda as provações com o propósito de provarmos e nos dar recompensa (v. 12). b) A tentação vem do nosso coração (vv. 13-15). Não é Deus quem nos dá a tentação, isso devido sua santidade e justiça. Se observarmos o processo de geração do pecado veremos que a fonte está nos desejos de nosso coração. c) Toda boa dádiva vem de Deus (vv16-18). Isso porque ele é santo e imutável. A maior dádiva é que ele nos gerou para sermos seus filhos.



5. Disposição para aprender (vv. 19-20).
a) nossa disposição natural e pecaminosa diante da aflição é irar-nos. Isso com impaciência, desânimo, desistência, cólera e desabafo. Queremos resolver na força da carne, com a atitude puramente humana. Mas a atitude correta é “prontidão para ouvir (aprender)”, Além disso ser tardio para falar e para se irar. O motivo é que “A ira humana nunca acha uma solução que Deus aprove”. A raiva humana nunca nos tornará justos como Deus exige (v.20).



Mesmo sendo diversas e variadas as fontes de tribulações e sofrimento a atitude do cristão deve ser sempre a mesma. Aquela que não apenas o ajudará a enfrentar de forma positiva e vitoriosa a crise como também o tornará maduro e justo diante de Deus.
MCA

"Todo Sofrimento humano deve ser levado à Cruz. Ele voltará de lá desabsurdificado". (TL John Stott)

A RELIGIÃO NA CASERNA: O Papel do Capelão Militar

Dissertação de Mestrado stricto sensu apresentada à Universidade Presbiteriana Mackenzie, como um dos requisitos para obtenção do grau de mestre no curso de pós-graduação em Ciências da Religião.

Orientador: Prof. Dr. Antonio Máspoli Gomes




São Paulo
2006
MARCELO COELHO ALMEIDA

a religião na caseRna:
O PAPEL DO CAPELÃO MILITAR


Dissertação de Mestrado stricto sensu apresentada à Universidade Presbiteriana Mackenzie, como um dos requisitos para obtenção do grau de mestre no curso de pós-graduação em Ciências da Religião.

Aprovada em Fevereiro de 2007.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Antônio Máspoli de Araújo Gomes
Orientador

Prof. Dr. Calvino Camargo
Centro Universitário de Maringá (CESUMAR)

Prof. Dr. João Baptista Borges
Universidade Presbiteriana Mackenzie

RESUMO


Esta pesquisa procura avaliar o trabalho de um capelão militar. O foco central é analisar sua influência e a validade de seu trabalho dentro de uma Organização Militar. A partir de constatações históricas, teológicas, técnicas e práticas, no transcurso do trabalho procura-se comprovar a hipótese de que a capelania sempre foi, é nos dias atuais, e sempre será de extrema relevância para as Forças Armadas. O serviço de capelania em nível de influência, validade e importância está para uma Organização Militar tal qual a espiritualidade e a religião estão para o ser humano. O caminho percorrido nas constatações obtidas passa primeiramente por uma via histórica desde os primórdios até sua regularização e prática expansiva nos dias atuais. Depois, passa pela questão religiosa. Analisa, por um lado, a pessoa humana, sendo esta dotada de espiritualidade e, portanto, necessitada do encontro com o sagrado; e por outro lado, analisando o ambiente militar como uma instituição total, cujo conceito aponta inexoravelmente para uma intervenção de ajuda no que tange aos recursos oferecidos pelas crenças religiosas. Por fim, este caminho é trilhado em meio á prática profissional do autor, como capelão evangélico da Aeronáutica. A profissão militar de um capelão é abordada separadamente quanto ao militarismo e ao trabalho religioso, não deixando de lado a intersecção dos dois, formando assim um conceito de capelania militar.


Palavras-chave: Religião, Capelania, Capelania militar. Força Aérea Brasileira.
disponível em www.mackenzie.com.br (programa de Mestrado em Ciências da Religião>Dissertações e Teses)